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Mahatma Ghandi




quinta-feira, 8 de abril de 2010

Marina Silva encontra militantes da web

Marina Silva, senadora e presidenciável pelo PV, terá seu primeiro encontro formal neste sábado, 10, em Belo Horizonte, com militantes da rede social Movimento Marina Silva (movimentomarinasilva.org.br), que reúne 15 mil seguidores pelo País. De forma colaborativa, eles produzem material gráfico de apoio à senadora - design de camisetas, bottons e adesivos, sem menção à candidatura -, "marinam" voluntários e divulgam suas ideias.

A rede colaborativa, apartidária, foi implantada em 2007 e dobrou o número de participantes desde que Marina se lançou candidata. Seus membros são considerados "multiplicadores", tão procurados pelo comando de campanha, e amealharam 1h30 da extensa agenda partidária da senadora para falar sobre "o novo jeito de fazer política".

O consultor Eduardo Rombauer, um dos fundadores do movimento, afirma que já foi convidado para participar de conversas com a equipe de comunicação da candidata. "A gente compõe o quadro da campanha, mas não faz parte da campanha oficial e nem vamos fazer", disse.

No entanto, segundo ele, a aproximação da campanha com a rede social pode impulsionar a troca de informações. "Temos a expectativa de diálogo com a coordenação de campanha para ver como podemos contribuir."

Pelo menos em um momento a rede social já contribuiu para a campanha de Marina. A imagem estilizada da senadora que adorna seu blog oficial (minhamarina.org.br) foi produzida por uma designer do movimento.

Rombauer credita boa parte do avanço da rede social a Cássio Martinho, especialista em trabalho colaborativo em rede. Martinho tornou-se "Marineiro da semana" por suas contribuições e agora está dedicado ao encontro com a senadora.

"A gente vai acabar estabelecendo conexões com a campanha oficial. Não tem jeito de não se conectar, mas a maneira como isso vai acontecer não se sabe", disse.

Segundo ele, o movimento, que nasceu de forma espontânea, continuará livre. "Estamos assumindo radicalmente a ideia de liberdade. Coitado do partido que quiser manobrar o movimento", observou.

DEMOCRACIA CONFIÁVEL ?

DEMOCRACIA CONFIÁVEL ?

Há bem tempo, tem-me inquietado um aspecto central do sistema político de nosso país. Agora mais fortemente influenciado pela intensidade dos escabrosos e insistentes fatos nacionais, que estariam contaminando também a nossa cidade natal, Caratinga, por decorrência de práticas ilícitas que têm se tornado comuns entre vereadores locais.
A tal ponto essa inquietação, que chego a supor a possibilidade de uma transformação desafiadora e pretensiosa, através do aprimoramento do eixo central da filosofia que sustenta nosso poder político institucional. Sim, uma transformação do processo representantivo atual, para que não advenha solução ainda mais contundente imposta pela evolução dos tempos: o fechamento do sistema legislativo nacional, em todos os
niveis (a internet está proporcionando meios que podem, a qualquer momento,
produzir mudanças drásticas na forma de escolha do cidadão, no exercício de
seus direitos constitucionais e na manifestação de seu juízo de valor sobre o trabalho
desses “representantes do povo”).
Dada à significativa importância que atribuo à idéia, gostaria muito de conhecer de que modo essa lógica seria interpretada e acolhida nessa arena de debates.
Trata-se do seguinte:
1- A constante baixa qualidade de nossos políticos (moral, técnica, política, filosófica, cristã) tem tudo a ver com a omissão sistemática dos Partidos. Porque os Partidos atuam como se a eles – os Partidos – não coubera qualquer responsabilidade por sua escolha dos nomes que disputarão as eleições. Simplesmente porque os Partidos impõem unicamente ao eleitor a responsabilidade pela decisão de quem ocupará os Poderes Legislativo e Executivo; e o eleitor o faz através do voto pessoal que é sujeito a uma
escolha para a qual nunca dispõe de meios suficientes e criteriosos que lhe
possibilitem bem comparar qualificações entre candidatos.
2- Ou seja, o verdadeiro donatário do poder (o povo) não tem outra opção, senão deixar-se levar pela escolha dentre os nomes apontados pelo Partido, escolha essa tantas e tantas vezes "inspirada" pelo marketing político bancado pelo próprio candidato e por esse mesmo Partido, aliados indefectíveis de "grupos de intere$$e", cujo objetivo,
maxime, é eleger quem, depois, viabilize o assalto ao patrimônio público.
3- Esse sistema de escolha dos nossos “eleitos” deixa inteiramente à margem e absolutamente livre de consequências o Partido, fonte e origem de todo o mal. Ao não enquadrar esse partido como instituição formal, legal, substantiva, com CNPJ, endereço, dirigentes formalmente nomeados e assumidos (“gerentes” e “diretores”), como todas as demais instituições formais do país. Mas a única que detém o requisito indispensável para o candidato disputar um cargo: a legenda partidária. O que temos visto é que, depois de eleito, o candidato faz o que lhe dá na telha, sem que o partido assuma
qualquer responsabilidade por seus atos, silenciando e omitindo-se totalmente.
E, ao omitir-se, solidariza-se com o malfeitor público, nega-se ao povo,
convicto de que nenhuma consequencia lhe cabe arcar por sua má escolha.
4- Por essas razões, entendemos que o Partido, sim, é quem primeiro deveria ser responsabilizado! Porque, afinal, foi o primeiro a escolher o candidato; só depois, o Povo fez a sua escolha, em tudo por tudo mais dificil, mais subjetiva e inconsistente! Sem esquecermos que, historicamente, o pagamento do ônus da má escolha recai unicamente sobre os ombros do povo, que ainda vê seu patrimônio conspurcado!
5- Mais justo seria que, tendo o Partido responsabilidade em seu nível de escolha, também lhe coubesse o ônus por seus desacertos, como, dentre outras medidas, ter reduzida a sua verba partidária e/ou não poder participar de certo numero de futuras eleições, dentre outras penalidades condizentes!
6- E mais:
a- O Partido deveria assumir formal e publicamente o compromisso de:
- escolher candidatosdotados de qualificações essenciais para o cargo, como já ocorre em alguns países.
- impor aos seus indicados o compromisso formal e juridicamente válido, de, no exercício de cargo público, assumir o ônus da contra-prova perante acusações ou questionamentos que lhe venham a ser imputados por qualquer meio lícito de manifestação do cidadão.
- Não incluir em suas instancias dirigentes ocupante de cargo público escolhido por voto popular ;
b- Em sua condição de instituição formal e oficial, deveria também competir-lhe a conexão sistemática e continuada com a sociedade organizada, antes e depois das eleições - o ano todo, como função social e atividade normal e sistemática. Mantendo permanente interlocução, debate, troca de experiências, orientação, informação, educação social e tudo o mais capaz de influenciar e/ou contribuir para o enriquecimento do processo político, partidário, administrativo e legislativo, do decente exercício do poder, enfim. Um operador permanente da Sinergia entre a Sociedade e o Poder: mobilizando o povo em todos os seus níveis sócio-econômicos e culturais, trazendo-o para o compartilhamento e avaliação constante do poder daqueles que desempenham mandatos. Não deixando o povo unicamente à mercê do poder legislativo (seu "representante" usual), face à costumeira vinculação desse “representante” com interesses, vantagens e acertos corruptos com o Executivo.
7-Mesmo que não haja leis específicas que contemplem tais medidas, não podemos esquecer que também não há leis que impedem sejam tais procedimentos assumidos pelo Partido. Que poderia fazê-lo por deliberação “interna corporis”, manifestada formalmente aos Tribunais Eleitorais. Se o Partido se dispuser a agir desse modo, nada o impede, até mesmo por serem propostas revestidas de alta moral e responsabilidade social.
8- Essa posição poderia ser assumida até mesmo em âmbito municipal, independentemente de ter sido ou não acolhida nacionalmente pelo Partido (desde que o estatuto não crie embaraços, claro). De tal modo que, numa irradiação lateral e vertical, contaminaria todos os níveis do Partido (até mesmo todos os demais Partidos Nacionais).

9- E, de certo modo, seria esse Partido o provocador de um quase “milagre” político em nosso país: garantia de seriedade e respeito real dos eleitos pelo povo que representa.
10- O Partido que primeiro assumir esse compromisso teria elevada probabilidade de atrair excepcional apoio popular, ao exibir um modelo de Democracia com
Responsabilidade Formal, podendo atrair a adesão de pessoas sérias e
qualificadas, lideranças mais autênticas e consistentes para seus quadros. Com
toda a possibilidade de produzir reconhecimento do povo em favor da qualidade
do mandato exercido por seus candidatos. E também possibilitando uma
outra linguagem de marketing político, com igual impacto nos custos de uma
campanha.
11- E, via de conseqüência, livrando-se dos "compradores de mandato" que pululam entre empresários e políticos e "negocistas de poder"!
Convido a todos, portanto, a uma cuidadosa reflexão a respeito.
Joel Moreira
Consultor em Gestão Empresarial
33 3322 2893 - 8816 3991
"Para o triunfo do mal, basta que os bons não
façam nada!"
"Os maus não são bons porque os bons não são
melhores!

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